05 novembro 2007

Valor

Há uns dias pus-me a pensar na palavra valor. Eu defendo valores, eu tenho os meus valores, existe uma bolsa de valores, os jovens perguntam na escola “quantos valores tiveste no exame?”, esta ou aquela pessoa têm determinado valor para mim, as coisas têm valor, as casas são vendidas por valores muito acima do que realmente valem devido à especulação imobiliária.
As coisas têm valor palpável e as pessoas têm valor sentimental.
Esta premissa não será assim tão válida dentro dos meus valores. Senão, vejamos a minha perspectiva.
As coisas que o meu avô me deixou, têm muito mais valor do que os valores que algumas pessoas defendem. Por outro lado, há pessoas que valem aquilo que produzem – têm valor monetário, material. Outros têm o valor das cores que defendem.
Eu gosto de defender valores, eu gosto de me identificar com eles.
E eu? Quanto valho eu no mundo?
Tenho o meu valor. Sem falsas modéstias não me sinto menos do que os outros em termos de valor pessoal, também não me sinto mais do que outros demais indivíduos. Andamos no meio de uma multidão sem valor por si só mas que circula em torno disso mesmo, valores. Uns buscam os monetários, outros, a defesa dos próprios. Outros há, que não os têm.
As pessoas que defendem valores têm personalidade. Por vezes, temos de deixar o nosso orgulho de parte para podermos viver em sociedade mas não gosto que coloquem em causa os meus valores em função de algo que quero atingir.
Quanto vale um pedaço de papel com uma inscrição? Um escrito de um grande das letras pode valer muito para uns e não ser mais do que um guardanapo rasurado para outros. Uma nota pode ser a porta de acesso a mais um bem ou pode não ter qualquer valor para quem necessita de outro tipo de valor.
Posso estar só no meio de uma multidão, assim como posso ser pobre no meio da toda a riqueza. Os novos-ricos, assim não pensam.
O meu bem mais precioso é a vida. Há dias, soube de um livro que foi lançado sob o título: “ninguém morre duas vezes”, eu tive a sorte de “nascer duas vezes”.
Que valor tem este texto? O valor de cinco minutos que demorei a escrever.
E para ti, que valor tenho?

2 comentários:

Rosa de Fátima disse...

o valor vale a mais-valia do vale verde...onde os pássaros plainam.valor vale a quantia de verdade e autenticidade que pomos no cheque-vale da vida.
tu vales imenso para mim em qualquer moeda, em qualquer bolsa, em qualquer lado... porque és um rapaz que te inquietas,que caminhas....e olha como todos ou alguns procuram um sentido

Dora Pinto disse...

Valerás sempre mais do que aquilo que os outros veem!
Cada um só vê o que lhe convém, e nunca ninguém conseguirá atribuir o justo valor a um terceiro!
Acredita no que vales e no que és.
Essa é a verdade.