Personagem: mendigo.
Vejo, nas pessoas, personagens de histórias que quero escrever. Vejo, em mim, alguém que eu quero ser.
Moldo as pessoas às necessidades que tenho, para que façam parte das minhas histórias.
Ainda ontem um mendigo me sorriu.
Todos os dias, à mesma hora, da mesma forma, no mesmo local onde estou habitualmente, as minhas personagens chegam. Alguns olham-me, outros ignoram-me. O mendigo não. O mendigo faz mais do que isso.
Todos os dias ele aproxima-se, estende-me a mão e chama-me um nome que não tenho.
Vem sempre com cara de quem não é feliz, de quem está zangado com o mundo. É a personagem que não terá, ou não teve até hoje, destaque nas minhas histórias.
Mas ontem, ontem foi diferente. Ontem o mendigo fez mais do que a rotina.
Chegou, estendeu-me a mão e, quando olhei para ele, sorriu e disse o meu nome.
Ontem senti uma personagem vir até mim, o narrador.
Quem sou eu nesta história?
Será que também eu serei uma personagem na vida dos outros contadores de histórias?
Moldo as pessoas às necessidades que tenho, para que façam parte das minhas histórias.
Ainda ontem um mendigo me sorriu.
Todos os dias, à mesma hora, da mesma forma, no mesmo local onde estou habitualmente, as minhas personagens chegam. Alguns olham-me, outros ignoram-me. O mendigo não. O mendigo faz mais do que isso.
Todos os dias ele aproxima-se, estende-me a mão e chama-me um nome que não tenho.
Vem sempre com cara de quem não é feliz, de quem está zangado com o mundo. É a personagem que não terá, ou não teve até hoje, destaque nas minhas histórias.
Mas ontem, ontem foi diferente. Ontem o mendigo fez mais do que a rotina.
Chegou, estendeu-me a mão e, quando olhei para ele, sorriu e disse o meu nome.
Ontem senti uma personagem vir até mim, o narrador.
Quem sou eu nesta história?
Será que também eu serei uma personagem na vida dos outros contadores de histórias?
Um comentário:
Sabes que sim!
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