Os óculos
Banco de jardim, sempre o mesmo habitante – Santiago.
Todos os dias, passavam as mesmas pessoas que lhe acenavam. Santiago retribuía com um sorriso escondido pela sua densa barba.
Seus amigos eram os pombos que pousavam a seu lado e que lhe contavam histórias. A estátua do escritor era sua confidente.
“Grande homem, escreveu aqui e foi lido lá fora. Se um dia me dessem uns óculos, eu leria todos os livros dele. Tenho tempo, todo o tempo.”
Vagueava pela praça, contava os pombos pelos dedos. Dava-lhes nomes.
Corrula era o pombo mais forte e mais belo. Parece que segredava com Santiago pela forma como se lhe aninhava junto ao ombro.
Certo dia, o Sr. Norberto, morador na grande casa amarela da praça e que conhecia Santiago desde a juventude, ouviu-o prometer ao escritor da estátua que um dia leria todos os seus livros, bastava, ter ele, uns óculos.
Na manhã de sábado, quando Sr. Norberto passou por Santiago, ofereceu-lhe uns óculos e um livro do “homem de bronze”. Santiago todo boas maneiras – pobre mas educado – agradeceu com mil vénias.
A partir daí o mundo seria diferente.
Santiago folheou o livro cheio de contente. Virava e revirava cada página como se de uma pena se tratasse.
Sr. Norberto, de volta a casa, viu Santiago a passear nas últimas páginas. No final do dia, já havia folheado todo o livro.
Semanas se passaram e, apenas um hábito tinha mudado, Santiago já não passava as suas tardes a ouvir as histórias dos pombos. Agora era ele que as contava.
No final de cada livro, Santiago, levantava o mesmo à passagem do Sr. Norberto. No dia seguinte outro livro chegaria.
Até que o Sr. Norberto pergunta a Santiago:
– Gostaste do livro que acabaste de ler ontem? Foi o que mais gostei de ler.
Santiago respondeu:
– Os meus pombos gostaram, o Corrula até chamou os pombos da outra praça para virem ouvir as histórias.
– Mas… - o Sr. Norberto ia começar a falar quando foi interrompido por Santiago.
– É verdade Sr. Norberto, os óculos ajudam-me a contar melhor as histórias, os meus pombos pensam que sei ler e acreditam que as histórias são do homem da estátua.
Todos os dias, passavam as mesmas pessoas que lhe acenavam. Santiago retribuía com um sorriso escondido pela sua densa barba.
Seus amigos eram os pombos que pousavam a seu lado e que lhe contavam histórias. A estátua do escritor era sua confidente.
“Grande homem, escreveu aqui e foi lido lá fora. Se um dia me dessem uns óculos, eu leria todos os livros dele. Tenho tempo, todo o tempo.”
Vagueava pela praça, contava os pombos pelos dedos. Dava-lhes nomes.
Corrula era o pombo mais forte e mais belo. Parece que segredava com Santiago pela forma como se lhe aninhava junto ao ombro.
Certo dia, o Sr. Norberto, morador na grande casa amarela da praça e que conhecia Santiago desde a juventude, ouviu-o prometer ao escritor da estátua que um dia leria todos os seus livros, bastava, ter ele, uns óculos.
Na manhã de sábado, quando Sr. Norberto passou por Santiago, ofereceu-lhe uns óculos e um livro do “homem de bronze”. Santiago todo boas maneiras – pobre mas educado – agradeceu com mil vénias.
A partir daí o mundo seria diferente.
Santiago folheou o livro cheio de contente. Virava e revirava cada página como se de uma pena se tratasse.
Sr. Norberto, de volta a casa, viu Santiago a passear nas últimas páginas. No final do dia, já havia folheado todo o livro.
Semanas se passaram e, apenas um hábito tinha mudado, Santiago já não passava as suas tardes a ouvir as histórias dos pombos. Agora era ele que as contava.
No final de cada livro, Santiago, levantava o mesmo à passagem do Sr. Norberto. No dia seguinte outro livro chegaria.
Até que o Sr. Norberto pergunta a Santiago:
– Gostaste do livro que acabaste de ler ontem? Foi o que mais gostei de ler.
Santiago respondeu:
– Os meus pombos gostaram, o Corrula até chamou os pombos da outra praça para virem ouvir as histórias.
– Mas… - o Sr. Norberto ia começar a falar quando foi interrompido por Santiago.
– É verdade Sr. Norberto, os óculos ajudam-me a contar melhor as histórias, os meus pombos pensam que sei ler e acreditam que as histórias são do homem da estátua.
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