11 outubro 2009

De que serve ser especial?

O homem não era o melhor, o homem não era o pior,
Costumava dizer que era “diferente”. Uns chamavam-lhe “vencedor”, outros, “especial”.
De que serve isso?
Ser especial tinha, para ele, um peso: todos os dias, tinha que ser igual a si mesmo, tarefa difícil.
Não podia falhar. Ele também não gostava de falhar porque era excessivamente crítico consigo próprio.
Os espelhos, para ele, tinham duas finalidades: servem para pentear e para criticar.
As pessoas especiais são assim: gostam de sentir o elogio e não de o ouvir.

Em tudo: ouvir – é bom, sentir – é melhor.

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