O saber
Era uma vez um homem sábio, muito sábio.
Tinha viajado por quase todo o mundo, era culto em diversas áreas, conhecia a música, o cinema, a literatura, a escultura, a pintura, a arquitectura, enfim, todas as formas de arte.
Numa das suas viagens de exploração do conhecimento foi visitar um Templo Budista. Entrou e acho que nada lhe trazia de especial. Cultura minimalista, paredes vazias de ornamentos, poucos paramentos e silêncio, muito silêncio.
Como sábio que era, sabia que não é à primeira impressão que se conhece algo. É preciso perceber o porquê das coisas, é preciso compreender o significado de cada símbolo, signo e/ou forma mesmo que de vazio se trate. É preciso entender que lugar ocupa o vácuo.
Esteve horas a contemplar o que o rodeava. Ora de pé, ora sentado. Deitou-se e começou a admirar o som daquele Templo.
Quase um dia passado e aproximou-se dele um Monge Budista que, depois de saber o propósito de tal visita, explicou minuciosamente cada pormenor do edifício. Mais umas horas de explicação e mais algumas coisas foram assimiladas pelo homem sábio.
O monge budista deixou-o de novo a sós com aquele silêncio de um Templo imperial.
As coisas começavam a fazer sentido na lógica de raciocínios do homem. Cada vez que se fazia luz de mais um pormenor entendido, aos olhos dele, acenava ligeiramente a cabeça em sinal afirmativo.
Perto do pôr-do-sol aproxima-se do sábio um ancião do Templo, o mais antigo Monge daquele local, que proferiu a seguinte pergunta:
“- Então, o que acha deste Templo?”
O homem sábio,, honestamente responde:
“- Sinceramente, quando entrei, achei que este templo não me trazia nada de novo, já viajei muito por esse mundo fora e já visitei Templos, Mesquitas, Igrejas, Palácios, Monumentos, etc. Com tudo o que já vi, a princípio, não fiquei fascinado mas agora acho que começo a perceber o Templo, a perceber o significado dos pormenores e da simplicidade, deste vazio tão cheio de significado.”
Serenamente, o Monge olha para o infinito e diz sorrindo:
“- Fico agradado com tal conclusão. Estou aqui há mais de quarenta anos, todos os dias tento perceber este Templo, e hoje, ainda não o entendi…”
Afastando-se em passo lento, deixa no ar a dúvida maior…
Por vezes, pensamos entender as coisas, afinal não as compreendemos.
Tinha viajado por quase todo o mundo, era culto em diversas áreas, conhecia a música, o cinema, a literatura, a escultura, a pintura, a arquitectura, enfim, todas as formas de arte.
Numa das suas viagens de exploração do conhecimento foi visitar um Templo Budista. Entrou e acho que nada lhe trazia de especial. Cultura minimalista, paredes vazias de ornamentos, poucos paramentos e silêncio, muito silêncio.
Como sábio que era, sabia que não é à primeira impressão que se conhece algo. É preciso perceber o porquê das coisas, é preciso compreender o significado de cada símbolo, signo e/ou forma mesmo que de vazio se trate. É preciso entender que lugar ocupa o vácuo.
Esteve horas a contemplar o que o rodeava. Ora de pé, ora sentado. Deitou-se e começou a admirar o som daquele Templo.
Quase um dia passado e aproximou-se dele um Monge Budista que, depois de saber o propósito de tal visita, explicou minuciosamente cada pormenor do edifício. Mais umas horas de explicação e mais algumas coisas foram assimiladas pelo homem sábio.
O monge budista deixou-o de novo a sós com aquele silêncio de um Templo imperial.
As coisas começavam a fazer sentido na lógica de raciocínios do homem. Cada vez que se fazia luz de mais um pormenor entendido, aos olhos dele, acenava ligeiramente a cabeça em sinal afirmativo.
Perto do pôr-do-sol aproxima-se do sábio um ancião do Templo, o mais antigo Monge daquele local, que proferiu a seguinte pergunta:
“- Então, o que acha deste Templo?”
O homem sábio,, honestamente responde:
“- Sinceramente, quando entrei, achei que este templo não me trazia nada de novo, já viajei muito por esse mundo fora e já visitei Templos, Mesquitas, Igrejas, Palácios, Monumentos, etc. Com tudo o que já vi, a princípio, não fiquei fascinado mas agora acho que começo a perceber o Templo, a perceber o significado dos pormenores e da simplicidade, deste vazio tão cheio de significado.”
Serenamente, o Monge olha para o infinito e diz sorrindo:
“- Fico agradado com tal conclusão. Estou aqui há mais de quarenta anos, todos os dias tento perceber este Templo, e hoje, ainda não o entendi…”
Afastando-se em passo lento, deixa no ar a dúvida maior…
Por vezes, pensamos entender as coisas, afinal não as compreendemos.
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