08 setembro 2008

Capítulo VII - Viragem na investigação

Três dias se passaram e nenhum movimento estranho de Vânia. Luciana começa a desistir da ideia de que seria a empregada com cara de querubim a autora das cartas de amor guardadas no celeiro.
Luciana decide investir noutro método. Começa a arranjar maneira de entrar no celeiro sem ser vista para poder ler algumas cartas.
Como uma jovem metódica e calculista, traça um plano de investida. Começa por arranjar uma lanterna para poder ir ao “local do tesouro” pela noitinha.
Estuda a melhor forma de ir sem ser vista. Não podia levantar suspeitas nem podia ser vista no celeiro pois, se fosse descoberta pelo autor das cartas, poderia perder todas as hipóteses de chegar até o mesmo.
“Não pode ser durante o dia, pois qualquer um pode lá entrar e assim serei descoberta”, “Se for de manhã bem cedinho, pode coincidir com a altura em que são guardadas ais cartas”, “Terá de ser de noite”.
Apesar de arisca, tinha algum receio de se aventurar se fosse muito tarde pois, no celeiro, não há luz e isto assustava-a.
“No final do jantar, dou uma volta pelo jardim e procuro chegar até às cartas”
Ao jantar, D. Joaquim nota uma certa inquietação na jovem e brinca com o suposto nervosismo da filha.
- Algo te preocupa, Luciana? O que te atormenta? Posso ajudar?
- Não, meu pai. Estou só um pouco ansiosa, deve ser deste calor que passa nesta altura do ano – responde Luciana.
Agora tinha a deixa certa para poder ir passear ao jardim.
- Vou dar uma volta no final do jantar para ver se apanho um pouco de ar. Diz a jovem.

Nenhum comentário: