Capítulo VIII - Finalmente as cartas
Depois de pedir permissão aos seus pais, Luciana sai para o jardim.
Desce até ao lago onde havia deixado a lanterna para ir ao celeiro. Acende-a após ter olhado à sua volta. Ninguém poderia saber que andava atrás das cartas.
Pé ante pé até ao celeiro mas sempre olhando com muita atenção para tudo o que pudesse mexer.
A dois passos de entrar, um barulho a estalar atrás do celeiro. Parou por instantes. Com medo, não sabia se devia fugir ou se havia de fingir que passeava tal como tinha dito aos seus pais.
Olhou para trás e viu Marília na porta da cozinha.
“Estará ela a observar-me?”
Não, Marília tinha vindo dar de comer a Pintas, o Dálmata da quinta.
Ainda gelada pelo susto, Luciana permanecia imóvel. Disfarça um pouco vagueando em frente ao celeiro de forma a perceber se havia alguém a observá-la ou se seria somente um barulho normal do bosque que se estendia depois do celeiro.
Não, não havia ninguém.
Tira a chave do celeiro do bolso e abre rapidamente a porta não sem antes olhar de novo em volta.
Entra no celeiro e corre até à janela.
Tinha sido só o susto e o medo de uma jovem que estava sozinha no meio da escuridão.
Dá uma volta sobre si para iluminar todo o celeiro.
“Porque te meteste nisto, Luciana?” – diz a jovem para si.
Vai até ao “local do tesouro” – como já lhe chamava – e parte decidida para a leitura.
Desata o cordel que envolve um volume de cartas e começa a ler.
Na carta que se encontra por cima, o último escrito, lê uma declaração de amor:
“Senhora, meu atrevimento é dizer-vos estas minhas humildes palavras tão cruas e pobres, assim, desta forma. Mas sinto tão rico sentimento que posso dizer-vos que não passarei fome. Estarei sempre alimentado deste amor que não posso viver. Cada vez que vos vejo, é como se me satisfizésseis de um jejum insaciável que vivo na vossa ausência. (…)”
Será um homem que ama uma mulher inalcançável. Trata-a por senhora, será mais velha? Será de estrato superior? Será alguém que ele não poderá ter como sua amada, certamente.
De uma coisa ficou certa, era um homem que mantinha um amor platónico por uma mulher inalcançável, aos seus olhos.
Quem será ele?
Desce até ao lago onde havia deixado a lanterna para ir ao celeiro. Acende-a após ter olhado à sua volta. Ninguém poderia saber que andava atrás das cartas.
Pé ante pé até ao celeiro mas sempre olhando com muita atenção para tudo o que pudesse mexer.
A dois passos de entrar, um barulho a estalar atrás do celeiro. Parou por instantes. Com medo, não sabia se devia fugir ou se havia de fingir que passeava tal como tinha dito aos seus pais.
Olhou para trás e viu Marília na porta da cozinha.
“Estará ela a observar-me?”
Não, Marília tinha vindo dar de comer a Pintas, o Dálmata da quinta.
Ainda gelada pelo susto, Luciana permanecia imóvel. Disfarça um pouco vagueando em frente ao celeiro de forma a perceber se havia alguém a observá-la ou se seria somente um barulho normal do bosque que se estendia depois do celeiro.
Não, não havia ninguém.
Tira a chave do celeiro do bolso e abre rapidamente a porta não sem antes olhar de novo em volta.
Entra no celeiro e corre até à janela.
Tinha sido só o susto e o medo de uma jovem que estava sozinha no meio da escuridão.
Dá uma volta sobre si para iluminar todo o celeiro.
“Porque te meteste nisto, Luciana?” – diz a jovem para si.
Vai até ao “local do tesouro” – como já lhe chamava – e parte decidida para a leitura.
Desata o cordel que envolve um volume de cartas e começa a ler.
Na carta que se encontra por cima, o último escrito, lê uma declaração de amor:
“Senhora, meu atrevimento é dizer-vos estas minhas humildes palavras tão cruas e pobres, assim, desta forma. Mas sinto tão rico sentimento que posso dizer-vos que não passarei fome. Estarei sempre alimentado deste amor que não posso viver. Cada vez que vos vejo, é como se me satisfizésseis de um jejum insaciável que vivo na vossa ausência. (…)”
Será um homem que ama uma mulher inalcançável. Trata-a por senhora, será mais velha? Será de estrato superior? Será alguém que ele não poderá ter como sua amada, certamente.
De uma coisa ficou certa, era um homem que mantinha um amor platónico por uma mulher inalcançável, aos seus olhos.
Quem será ele?
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