14 junho 2007

Ando ser ver ninguém...

Onde estou…
Dei um passo, olhei à minha volta… ninguém…
Andei mais um pouco, continuei sem ver ninguém. Que estranho, o mundo não tem ninguém… Onde foi toda a gente? Será que fiquei aqui sozinho?
Se calhar foram a uma festa da qual não vi divulgação. Ou então foram convidados para o aniversário de alguém que não conheço.
Onde estou? Também não sei. Tenho mapa. Procuro no bolso… sem fundo, tenho o bolso cheio de nada.
Fico à espera que alguém apareça para perguntar onde encontro gente. Com aquela esperança que temos quando estamos perdidos no meio de um sítio que pensamos conhecer… Marcamos viagem, temos tudo, o trajecto marcado, não nos vamos perder com certeza. Mas quando viramos onde não devíamos ter virado… Pensamos: não há problema, encontro alguém e pergunto.
Eu continuo sem encontrar gente. Um quarteirão, ninguém, mais outro… espera. Pára!!!
Quem vem daquele lado? Uma folha caída a passear com o vento. Dois amigos.
E eu, onde quero ir? Não sei.
Procuro alguém? Sabes que sim… até acho que sei onde estás.
Estás no aniversário de alguém que não conheço… porque se tivesses numa festa, tinhas-me dito…
Desde que me senti perdido, sem ninguém, já dei… aquele número de passos que ninguém conseguiu contar…
Por onde vim? Não sei, não apareceu ninguém e vagueei…
Procuro-te, procuro alguém…
Só para perguntar… onde fica a rua onde moras?
Dá-me um mapa… uma referência de onde te posso encontrar… ou vem ter comigo…
Vamos juntos e apresentas-me o teu amigo que “faz anos” (diz-se assim)…
Ou então vamos fazer nós a festa sem divulgação.
Celebrar o quê? – perguntas tu…
O ter-te encontrado

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