27 junho 2007

Por que escrevo…

Uns (poucos) dizem que gostam… Outros dizem que os meus escritos parecem devaneios. Se calhar até o são…
As coisas que me passam por dentro são confusas demais para se manterem em conjunto no meu interior.
É complicado gerir o meu interior. As coisas que me passam pela cabeça são difíceis de expressar. As entrelinhas dos meus escritos são escapes à minha tensão interior e exteriorizam, ou pelo menos tentam, a insatisfação dos meus dias…
Não estou a passar por uma crise existencial, até porque sei bem o caminho que piso e sei o que quero.
A revolta interior tem mais a ver com as notícias que me chegam diariamente. O mundo, as pessoas, os universos paralelos…
Acredito que, no mundo, há dois tipos de universos – o que circula à velocidade da terra, o outro aquele que veicula à vontade de quem nele vive.
Quantas vezes pensámos nas futilidades e nas frases feitas que no mundo, metade dos habitantes forçam o infortúnio da outra metade…, que alguns só andam no mundo por ver os outros andar…
Pois é, também por isso, escrevo os meus devaneios.
Prefiro alhear-me de qualquer um destes universos… Tenho o meu.
Já quase pertenci a um outro universo – o passivo… mas ainda me afirmo neste – no meu.
Hoje passo por uma fase desinteressada do meu ser. Não se trata da falta de objectivos. Trata-se de uma falta parcial de identidade… Acho que a tenho e acredito nela, mas a todo o momento sinto que ma aspiraram (também hoje mo disseram)…
Tenho a minha personalidade, defendo os meus valores, tenho o meu próprio valor… vivo no meu universo, tenho o meu mundo… só quero que me deixem vivê-lo… quero que me deixem gozá-lo…
Os que acreditam em mim, estarão comigo assim como estou com quem acredito…
Os que não acreditam… esses terão um convite para assistir à apresentação dos meus escritos, na primeira fila… eu mesmo os convidarei…

2 comentários:

Rosa de Fátima disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Rosa de Fátima disse...

não me parece que se possa dizer que não somos porque os outros não nos deixam ser... é mais fácil olhar para fora, para os outros do que olhar para dentro de nõs, os nossos medos, os nossos confrontos. a escalada interior é penosa e tortuosa eu acredito que a escrita é uma caminhada, uma peregrinação interior